Distribuição da água na natureza

Cerca de três quartos do planeta estão cobertos por água constituindo a Hidrosfera. Porém, dessa água somente 1% reúne as condições necessárias para satisfazer as necessidades humanas.

Apenas 1% de toda a água é potável.

Na natureza, a água encontra-se nos três estados físicos da matéria: sólido (nos glaciares, na neve, no gelo, ...), líquido (nos oceanos, mares, rios, lagos, chuva, ...) e gasoso (no vapor de água que existe na atmosfera). É devido à energia solar que ela permanece em constante movimento cíclico - ciclo da água -, mudando constantemente de estado.

A água pode mudar de estado físico.

É muito curioso pensarmos que, embora em constante circulação, o volume total de água permanece mais ou menos constante no planeta: nem se cria, nem se perde!

Para compreenderes melhor o ciclo da água vou apresentar-te um fantástico esquema animado e interactivo que encontrei na net. Explora-o bem que é muito interessante! Podes vê-lo aqui.

A água como solvente

Podemos afirmar que praticamente não existe água pura no planeta, pois ela tem uma grande capacidade de dissolver as substâncias que vai encontrando no seu percurso quando circula na natureza.

Se deitares uma colher de sal ou açúcar num copo com água e mexeres bem, o sal e o açúcar desaparecem. Porquê?
Na realidade, nem o sal nem o açúcar desapareceram. Eles apenas deixam de se ver, porque as pequeníssimas partículas que os constituem ficam repartidas uniformemente pela água, obtendo-se, deste modo, água salgada e água açucarada. É por isso que o sal e o açúcar são solúveis na água.

Quando se junta uma substância à água e se obtém uma mistura em que não é possível distinguir a substância do líquido, diz-se que houve uma dissolução. Na dissolução estão envolvidos:


- o soluto ( substância que é dissolvida);

- o solvente  (líquido que dissolve o soluto);

- a solução (resultado da mistura entre o solvente e o soluto, em que não se distingue um do outro).


Existem várias substâncias sólidas, líquidas e gasosas que se dissolvem na água, por isso diz-se que a água é um bom solvente. Por exemplo, a água dos oceanos e mares é salgada porque contém sais dissolvidos, sendo o mais abundante o sal que se utiliza na cozinha. A água doce tem também substâncias minerais dissolvidas como, por exemplo, o cálcio, o sódio, o bicarbonato, o magnésio e o flúor, provenientes das rochas por onde ela passa, tal como acontece com a água das nascentes.
Há, contudo substâncias que não se dissolvem na água, diz-se por essa razão que são insolúveis (na água). O azeite, por exemplo, é insolúvel na água.


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Testa os teus conhecimentos...

Pois bem, chegou a hora de pores à prova os teus conhecimentos sobre a célula e a classificação dos seres vivos. Aqui estão uns jogos para te divertires e aprenderes...

JOGO 1

JOGO 2

JOGO 3

JOGO 4

JOGO 5

Nomes científicos...

Como é que eu me chamo?


Há tantos nomes vulgares das espécies de seres vivos quantas as línguas faladas no mundo (chegam até a ser mais numerosos, porque muitas vezes uma espécie é conhecida por nomes diferentes dentro de um mesmo país)! Esta situação dificultava a comunicação entre cientistas de diferentes nacionalidades. Houve, então, a necessidade de se criar um nome para cada espécie que fosse reconhecido por todos independentemente do país de origem. Surgiram, assim, os nomes científicos das espécies.

Nome científico do gato-doméstico: Felis catus

O nome científico de uma espécie obedece às seguintes regras:

a) É constituído por duas palavras, o nome do género (grupo taxonómico formado por espécies com características comuns) e o restritivo específico (nome exclusivo de cada espécie);

b) É escrito em Latim;

c) Deve sempre ser escrito em itálico ou, caso seja escrito à mão (manuscrito), deve ser sublinhado.


Repara que nas espécies gato-doméstico (Felis catus), gato-bravo (Felis silvestris) ou gato-da-selva (Felis chaus), o primeiro termo do nome científico é semelhante: Felis. Isto dá indicação de que, embora sejam de espécies diferentes, este animais pertencem a um mesmo género (precisamente o género Felis)!
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Divisão dos seres vivos em cinco reinos

Segundo a classificação dos seres vivos mais atual, proposta por Whittaker em meados do séc. XX, os seres vivos dividem-se em cinco reinos:


a) REINO DOS ANIMAIS - seres vivos pluricelulares geralmente com locomoção própria e que se alimentam de outros seres vivos.







b) REINO DAS PLANTAS - seres vivos pluricelulares sem locomoção. Têm clorofila e produzem o seu próprio alimento.









c) REINO DOS FUNGOS - seres vivos pluricelulares (às vezes unicelulares). Sem locomoção. Não têm clorofila e alimentam-se de matéria orgânica em decomposição (apodrecida) ou parasitam outros seres vivos.





d) REINO PROTISTA - Seres vivos geralmente unicelulares (alguns podem ser pluricelulares). As células têm núcleo individualizado. Este reino inclui protozoários e algas.





e) REINO MONERA - seres vivos unicelulares sem núcleo individualizado. O exemplo mais comum são as bactérias.








Muitas vezes os reinos dos seres vivos são apresentados através de um esquema em "árvore". Este esquema permite não só relacionar as espécies de acordo com o grau de parentesco, mas também organizá-los em termos de complexidade (os mais simples na base e os mais complexos no topo).

Classificação de Whittaker (esquema em "árvore").



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Importância da classificação dos seres vivos

Que seria de nós, quando vamos às compras, se os hipermercados não estivessem organizados por secções (frutos e legumes, congelados, roupa, papelaria,...)?

Vista de hipermercado


A nossa vida seria muito mais complicada! As coisas estariam todas misturadas: cebolas com latas de conserva, cuecas no meio do arroz e dos livros, brinquedos ao lado dos bifes de frango e dos guardanapos...
Sempre que quiséssemos comprar por exemplo laranjas teríamos que correr as prateleiras de todos armários do hipermercado!

Pois, mas o que é que isto tem a ver com as Ciências? 

Existem na natureza tantas espécies diferentes de seres vivos que houve a necessidade, tal como nos hipermercados, de as agrupar de acordo com as suas semelhanças e/ou diferenças de modo facilitar o seu estudo. É claro que estas divisões em grupos existem somente nas nossas cabeças, elas não ocorrem de facto no mundo natural!

As primeiras classificações dos seres vivos foram realizadas pelos homens primitivos.  Eles  dividiram-nos em comestíveis e não comestíveis, perigosos e não perigosos, venenosos e não venenosos, de acordo com as suas necessidades de sobrevivência.



Com o evoluir do conhecimento novas formas de classificação foram surgindo. Atualmente, os cientistas utilizam um sistema que resulta da evolução de um anterior proposto por Lineu (século XVIII) . Este sistema baseia-se nas seguintes categorias sistemáticas:

- REINO
- FILO
- CLASSE
- ORDEM
- FAMÍLIA
- GÉNERO
- ESPÉCIE

Cada reino é subdividido em filos. Estes são formados por diferentes classes. As classes subdividem-se em ordens que, por sua vez, são constituídas por famílias. As famílias subdividem-se em géneros e estes em espécies.

A espécie constitui, portanto, a base do sistema de classificação. Por sua vez, o reino é o grupo sistemático que abrange maior número de seres vivos.

Parece-te confuso? Vais ver que não é assim tão difícil quando começares a utilizar na prática este sistema de classificação!

Organização dos seres pluricelulares

Será que um monte de células empilhadas umas sobre as outras constitui um ser vivo pluricelular? É claro que não! As coisas são muito mais complicadas do que isso...

Então é assim:

Em primeiro lugar há uma grande variedade de células, elas não são todas iguais. Há, por exemplo, células musculares, nervosas, do sangue... todas diferentes não só no aspeto, mas também no trabalho que realizam. Os vários tipos de células estão ainda associados em diferentes níveis de organização. De que forma? Observa a imagem:

Organização celular de um ser vivo pluricelular



CÉLULAS com forma e funções semelhantes formam TECIDOS. Os TECIDOS agrupam-se formando ÓRGÃOS. Vários ÓRGÃOS podem associar-se formando um SISTEMA. O conjunto de todos os SISTEMAS forma um ORGANISMO.



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Seres unicelulares e pluricelulares

De acordo com o número de células que constituem os seres vivos podemos classificá-los em:




a) Unicelulares - formados por uma só célula;

Podes ver, neste pequeno vídeo feito a partir de um microscópio (ampliação de 400X), paramécias (seres unicelulares que vivem em água doce).







b) Seres pluricelulares - constituídos por várias células.





Embora de tamanho pequeno, uma formiga é fomada por cerca de 1 milhão de células!







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Para além do número de células podemos ainda classificar os seres vivos quanto à sua dimensão (tamanho). Neste caso dividimo-los em:




a) Seres microscópicos (micróbios ou microrganismos) - seres vivos que só se veem ao microscópio;

O rotífero, que aparece no vídeo seguinte, é um ser vivo microscópico embora seja pluricelular (o seu corpo é formado por aproximadamente 1000 células).






b) Seres macroscópicos - seres que se podem observar a olho nu.

Apesar de muito pequena, a pulga é um animal macroscópico porque se consegue ver a "olho nu".




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Constituição da célula

Todos os seres vivos são formados por células. Podemos dizer, assim, que a célula é a unidade básica de construção dos seres vivos.

Mas, como é constituída uma célula? Para além de outras estruturas que irás conhecer mais tarde, em anos mais avançados, podemos dizer que esta é fundamentalmente constituída por:


- Membrana celular (barreira externa da célula que envolve o citoplasma; permite trocas entre a célula e o meio que a rodeia);

- Citoplasma (interior da célula de aspecto gelatinoso e mais ou menos transparente);

- Núcleo (de forma geralmente esférica ou oval no interior do citoplasma; possui as informações sobre o funcionamento da célula).

Células de película de cebola




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Descoberta das células

A descoberta das células só foi possível com a invenção e o aperfeiçoamento dos microscópios. Elas foram descritas pela primeira vez em 1665 pelo inglês Robert Hooke. Ao examinar uma fatia de cortiça, num microscópio rudimentar, verificou que ela era constituída por pequenas cavidades, às quais chamou de células. Na realidade Hooke observou blocos hexagonais que eram as paredes de células vegetais mortas.


Desenho da estrutura da cortiça, conforme vista pelo microscópio de Robert Hooke.


Porém, foi necessário o contributo de muitos outros investigadores, como Antonie van Leeuwenhoek (podes ver aqui um vídeo interessantíssimo sobre o seu trabalho!) ou Schleiden e Schwann, para que se compreendesse que todos os seres vivos são constituídos por uma ou mais células.

Esta foi uma das mais importantes descobertas da Ciência. Permitiu, entre outras coisas, compreender melhor o fenómeno da vida, a constituição dos seres vivos e a forma como "funcionam", e abriu caminho para o combate às doenças provocadas por micróbios (seres vivos que eram completamente desconhecidos até então).

A célula: unidade na diversidade

Já pensaste?
Tantas cores, formas, tamanhos, revestimentos, tipos de locomoção, tantas diferenças ao nível da alimentação, reprodução e dos comportamentos. Tanta diversidade de animais!


E nas plantas também não é assim? Tantas raízes, tipos de caule, ou de folhas...


Tanta diferença no mundo dos seres vivos!
No entanto...


... todos eles, seja uma pulga ou um elefante, uma alface ou um pinheiro, uma pessoa ou uma roseira, têm uma coisa em comum: são constituídos por células!


É esta a razão do nome do capítulo do programa que vais começar a estudar: "Unidade na diversidade dos seres vivos"



A propósito da imensa variedade de seres vivos, a tal BIODIVERSIDADE, deixo-te este pequeno vídeo. Fantástico, este planeta!

Influência dos factores do meio nas plantas

Os factores do meio, água (humidade), temperatura e luz influenciam não só os animais, mas também as plantas. Queres saber como? Então presta atenção à seguinte apresentação:


Nota: podes visualizar em ecrã completo (clica em menu e depois em view Fullscreen).






Diversidade nas plantas

Morangueiro -bravo





Encontrei um excelente site na net que te vai ajudar a acompanhar a maior parte dos temas que vamos estudar nas próximas aulas de Ciências. Lá, encontrarás esquemas, imagens com legenda, chaves dicotómicas para classificação de diferentes partes das plantas e testes para pores à prova os teus conhecimentos.
Parabéns ao seu autor!

Entra aqui.

Quando quiseres regressar de novo ao blogue basta clicares na seta que se encontra no canto superior esquerdo do ecrã do teu computador.

Jogos sobre a influência dos fatores do meio nos animais



Tens aqui propostas de jogos sobre este tema para te divertires e aprenderes. Boa sorte!


JOGO 1

JOGO 2

JOGO 3

Influência dos fatores abióticos nos animais: a temperatura

Os valores da temperatura não são os mesmos em todos os locais do planeta. Eles são mais baixos nas regiões próximas dos Pólos e vão aumentando à medida que nos aproximamos da Linha do Equador. Na imagem seguinte, podes observar as variações médias da temperatura na Terra ao longo dos meses do ano (as zonas de cor azul representam as temperaturas mais baixas e as de cor vermelha as mais elevadas).







Embora de formas diferentes, todas as espécies animais são influenciadas pela temperatura. Algumas, como o pinguim-imperador, estão adaptadas a climas muito frios. Estas espécies têm revestimentos de pêlos ou penas muito densos e uma grande camada de gordura por baixo da pele. Outras, estão adaptadas a climas muito quentes como por exemplo o dromedário. O seu pêlo, curto, protege contra o calor.



Pinguim-imperador. É o único animal de grande porte que passa todo o escuro Inverno no continente antártico suportando as piores condições climatéricas do planeta pois as temperaturas atingem frequentemente os - 60ºC.


Para resistirem às variações de temperatura, que se fazem sentir ao longo do ano nos seus habitats, os animais podem entrar em:
a) Hibernação - estado de dormência profundo motivado pelas baixas temperaturas (podes ver um vídeo sobre a hibernação da marmota-dos-alpes aqui).
b) Estivação - estado de dormência motivado por temperaturas elevadas (tens também aqui um vídeo sobre a estivação)
Outras espécies realizam migrações, deslocações periódicas de umas regiões para outras na procura de um habitat com melhores condições de temperatura, água e alimento.
Queres saber mais acerca das migrações? então presta atenção ao vídeo seguinte:

Influência dos fatores abióticos nos animais: a luz

A luz influencia a vida dos animais de várias formas. Existem animais com hábitos noturnos, como o mocho ou o morcego, e outros com hábitos diurnos, como o esquilo-vermelho ou o papagaio-cinzento. Alguns animais vivem na completa escuridão, em grutas ou nas grandes profundidades dos oceanos.












A coruja-das-torres é uma ave de hábitos noturnos comum em Portugal.













Saca-rabos. Mamífero de hábitos diurnos que habita as regiões sul do nosso país.















Peixe-ogre. Vive entre 500 e 5 mil metros de profundidade em regiões onde é total a ausência de luz solar.










Como deves saber a duração dos dias e das noites vai variando ao longo do ano. Ao número total de horas diárias em que há luz solar chamamos FOTOPERÍODO.
Em Portugal, o fotoperíodo é máximo no início do verão, quando as noites são curtas, e mínimo no início do inverno, altura em que o Pôr-do-Sol ocorre por volta das 5 horas da tarde. Esta variação pode influenciar os animais ao nível, por exemplo, da ...



a) Época da reprodução - ela ocorre em muitas espécies na Primavera quando os dias começam a ficar maiores;







A época da reprodução das cegonhas ocorre durante a primavera.








b) Mudança de pelagem e plumagem de muitos mamíferos e aves - a qual ocorre na primavera e no outono.










Nos lobos, a pelagem de inverno é mais clara e mais densa.





c) A duração do fotoperíodo, assim como o abaixamento da temperatura, podem ainda desencadear outros comportamentos como migração ou hibernação de que falaremos mais adiante.

Influência dos fatores abióticos nos animais: a água

A água é um elemento fundamental à vida, todos os animais precisam dela para sobreviver. Há, no entanto, espécies que estão mais dependentes do que outras. Deste modo, podemos dividi-los em quatro grupos principais:


a) Animais totalmente dependentes da água - todos aqueles que vivem nos ambientes aquáticos, não sobrevivendo fora de água (peixes, polvos,...);









O polvo é um animal totalmente dependente da água. Ele não sobrevive muito tempo fora dela porque não consegue respirar.






b) Animais muito dependentes da água - todos os que vivem dentro e fora de água (rã, foca, lontra,...);










A rã, assim como os restantes anfíbios, são animais muito dependentes da água, a pele nua tem que se manter sempre húmida.








c) Animais moderadamente dependentes da água - todos aqueles, como grande parte das aves e dos mamíferos, que necessitam de beber água regularmente mas que vivem em ambientes terrestres;









O pardal é uma ave moderadamente dependente da água, necessita de bebê-la regularmente.




d) Animais pouco dependentes da água - aqueles que, como o camelo, alguns répteis ou os escorpiões, vivem em habitats desérticos e têm adaptações que os protegem da perda de água;








O escorpião é um animal bem adaptado a ambientes muito secos. O seu revestimento, epiderme com carapaça de quitina, evita perdas de água.




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Deixo-te, para terminar, cenas da vida no deserto. Os protagonistas são um lagarto e uma víbora. Estes animais estão adaptados a viver em ambientes secos e quentes porque os seus revestimentos, pele com escamas epidérmicas, impedem a perda de água dos seus corpos para o meio exterior. Observa com especial atenção a técnica de caça usada pela víbora. Ela enterra-se na areia e abana a ponta da cauda para atrair o lagarto o qual acha que aquilo é um animal apetitoso. Como é que acaba a história? Vais ter que descobrir por ti...


Influência dos fatores abióticos nos animais

A imagem seguinte representa a distribuição de algumas espécies animais pelo planeta. Clica na imagem para a veres maior. Regressa, depois, de novo ao blogue.




Olhando para o mapa facilmente nos apercebemos de que as espécies não se distribuem de uma forma igual por todo o planeta. Vês, por exemplo, baleias representadas no oceano, mas não no interior dos continentes. Da mesma forma observas pinguins no Pólo Sul mas não os encontras nos desertos do Norte de África. Por que será?

Uma das principais razões está relacionada com a quantidade de água, de luz, e com a temperatura que, como sabes, variam de local para local do planeta.
ÁGUA, LUZ e TEMPERATURA são, portanto, os FATORES ABIÓTICOS que mais influenciam os animais.

Desenvolvimento direto e indireto

Sai ao pai ou à mãe?







Discussões destas não existem no mundo dos animais irracionais. No entanto, caso acontecessem, com certeza esta mãe ursa ficaria toda vaidosa com o seu belo pequenote tão parecido com ela...

Mas, será que esta rela poderia dizer o mesmo do seu filhote?



Impossível! Não há nenhuma parecença.


Esta brincadeira serve para ilustrar dois tipos diferentes de desenvolvimento no reino dos animais após o nascimento de novos seres:

a) Desenvolvimento direto - os filhos nascem semelhantes aos pais, embora com um tamanho menor. É o caso dos mamíferos, como o urso-polar ilustrado na imagem anterior, das aves e de muitos outros animais teus conhecidos.

b) Desenvolvimento indireto - os filhos nascem com formas diferentes das dos seus pais. Ao longo da vida vão sofrendo transformações - METAMORFOSES - até chegarem à forma adulta.
Têm desenvolvimento indireto animais como a rã, a rela, o sapo, a libélula ou as borboletas.



O vídeo seguinte demonstra as metamorfoses de uma borboleta, um segredo fantástico que te é aqui revelado...

Testa os teus conhecimentos...



Chegou a hora dos exercícios...

Teste 1
Teste 2
Teste 3 (Atenção! Neste jogo há um erro: a salamandra aparece como ovíparo, na verdade é ovovivíparo!)

Comportamento dos animais na época da reprodução

Casal de pavões
A época de reprodução é a altura do ano em que os animais acasalam. Mas para acasalarem têm que se encontrar e reconhecer como macho e fêmea da mesma espécie. Como podes imaginar os animais não usam telemóveis, nem facebook...
Como fazem então para comunicar entre si?


Dependendo das espécies, os animais usam diferentes sinais que podem ser...
Sinais sonoros (Ex: sapo, o cuco, o melro-preto)
Sinais olfativos ( Ex: insetos, a maioria dos mamíferos)
Sinais visuais ( Ex: pavão, avestruz, cegonha)

Depois de se encontrarem, existe por vezes a oferta de presentes, bailados, carícias e combates entre machos rivais. A todo este conjunto de comportamentos que ocorrem antes, durante e após o acasalamento, chamamos Paradas Nupciais.

Os próximos vídeos ilustram diferentes comportamentos de espécies animais na época da reprodução:

a) Canto do pisco-de-peito-ruivo aqui

b) Acasalamento de aranhas-de-jardim. Repara que nesta espécie há um dimorfismo sexual muito acentuado. O macho é muito pequenote em relação à fêmea, têm que ter o máximo cuidado para não se tornar a sua refeição! Aqui

c) Parada nupcial do Albatroz. O vídeo é falado em inglês, não faz mal. Concentra-te nas imagens. Aqui

d) Parada nupcial de algumas das espécies de aves-do-paraíso. Fantástico o que os machos têm que fazer para conquistar as fêmeas! Aqui e aqui .

Dimorfismo sexual

As duas imagens seguintes representam respetivamente um casal de leões e um casal de guinchos-comuns (ave marinha vulgar em Portugal). Observa-as com atenção:




Será fácil distinguir nas imagens os machos das fêmeas? A resposta é SIM, no caso dos leões, e NÃO no caso das aves. Leão e leoa identificam-se imediatamente pela presença ou ausência de juba. Quanto aos guinchos comuns... não existem diferenças!
Dizemos que existe DIMORFISMO SEXUAL numa espécie quando conseguimos distinguir o macho da fêmea pelo seu aspeto.
Repara: a palavra dimorfismo significa duas formas (di + morfismo) (duas + formas) uma para o macho e outra diferente para a fêmea.
Daqui podemos concluir que nos leões existe dimorfismo sexual mas nos guinchos já não existe!

Desenvolvimento embrionário

Vimos já que da fecundação (união de um espermatozoide com um óvulo) resulta um ovo, ou seja, o início da formação de um ser vivo. À fase inicial de desenvolvimento do novo ser vivo chamamos embrião.

Dependendo das espécies, o embrião pode desenvolver-se dentro ou fora do corpo materno. Então é assim...

VIVÍPAROS - são os animais cujos embriões se desenvolvem dentro do corpo materno e são alimentados à custa de uma parte dos alimentos consumidos pela própria mãe através do cordão umbilical.Quase todos os mamíferos são animais vivíparos. Nestes animais os filhos nascem diretamente das mães quando estão já suficientemente desenvolvidos.


Gata grávida prestes a ser mãe



No vídeo seguinte podes observar uma cadela a dar à luz os seus filhotes. Ora vê:



OVÍPAROS - animais cujo embrião se desenvolve fora do corpo da mãe e se alimenta de substâncias nutritivas existentes dentro do ovo (o qual é protegido por uma casca).
As aves, a maioria dos peixes, as rãs e os sapos, são exemplos de animais ovíparos. Também muitas serpentes são ovíparas, elas põem ovos em vez de dar à luz as suas crias. É precisamente isto que podes ver de seguida:



Além dos VIVÍPAROS e dos OVÍPAROS existem ainda os animais OVOVIVÍPAROS. Nestes, como na víbora ou nas salamandras, os embriões desenvolvem-se dentro do corpo das mães (como no caso dos animais vivíparos) e alimentam-se de substâncias contidas no ovo (como nos ovíparos).

Fecundação

Muito bem, sabemos que na reprodução sexuada é necessário que ocorra o acasalamento entre um macho e uma fêmea da mesma espécie. Mas como é que se formam os filhos?
Para que isso aconteça é necessário que um espermatozoide (célula sexual masculina) e um óvulo (célula sexual feminina) se unam para darem origem a um ovo (zigoto). Este, vai-se desenvolvendo, transformando-se num embrião, e mais tarde no novo ser!


Espermatozoides aproximando-se de um óvulo



Portanto, toma nota:

A união de um espermatozoide com um óvulo chama-se FECUNDAÇÃO. Esta dá origem a um ovo (zigoto) o qual mais tarde transformar-se-á no novo ser.
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A fecundação pode ser...
- Interna, se o espermatozoide e o óvulo se encontram dentro do corpo da fêmea;
- Externa, caso o espermatozoide e o óvulo originem um ovo no exterior (fora) do corpo da fêmea.

Vejamos agora exemplos ilustrativos:

Fecundação interna:

Enquanto os gatos acasalam, o macho introduz os espermatozoides no corpo da fêmea. É dentro do seu corpo que um dos espermatozoides se vai unir a um óvulo.


Fecundação externa:
Nesta imagem observamos dois ouriços-do-mar a acasalar. O macho liberta espermatozoides para a água ao mesmo tempo que a fêmea liberta os seus óvulos. A fecundação acontece na água (fora do corpo da fêmea).

Reprodução dos animais

Já pensaste o que aconteceria se, por qualquer razão, os seres vivos deixassem de se reproduzir?
A resposta é simples: acabava a vida no planeta!

Pois bem, é sobre este assunto que vamos falar nos próximos tempos: os mecanismos da reprodução ao nível dos animais os quais permitem que estes originem novos seres semelhantes a si próprios assegurando-se deste modo a continuação da vida na Terra.


Raposa amamentando os seus filhotes


Há dois tipos de reprodução:

a) Assexuada (não sexuada) - Um único ser vivo dá origem a novos seres vivos. Neste processo não ocorrem acasalamentos.

Queres ver um exemplo de uma hidra a reproduzir-se assexuadamente? Então entra aqui (no final, clica na seta no canto superior esquerdo do teu ecrã para voltares ao blogue).

b) Sexuada - Para se formarem novos seres, os filhos, é necessário que ocorra o acasalamento entre um macho e uma fêmea da mesma espécie.

Observa agora aqui o acasalamento entre duas borboletas (depois regressa ao blogue).

Como é que a aranha tece a teia?


As aranhas alimentam-se principalmente de insetos que, na maioria dos casos, capturam nas suas teias. Mas como é que elas conseguem construí-las?


Pois bem, vou dar-te a oportunidade de compreenderes....


Antes de iniciares a visualização da animação que te proponho deves ter atenção ao seguinte: quando entrares na página aparecem dois botões alternativos, um à esquerda e outro à direita. É preferível optares pelo da direita para veres a animação completa. Os textos explicativos são em francês... é uma pena! Mas não importa, as imagens falam por si.


Para veres a animação entra
aqui.

Jogos sobre a alimentação dos animais


Vão uns joguinhos sobre este capítulo da matéria? Então prepara-te...



Predadores em ação

O vídeo que a seguir te apresento mostra a técnica de caça de diversos predadores da fauna ibérica: lince, gineta, raposa, gato-bravo, doninha, entre outros. Observa com atenção os seus comportamentos quando procuram e capturam as suas presas.

Testa os teus conhecimentos


Põe à prova os teus conhecimentos sobre a dentição dos mamíferos! Entra aqui.

Adaptações da dentição dos mamíferos aos diferentes tipos de regimes alimentares

Quase todos os mamíferos têm dentes que se diferenciam em vários tipos. Conforme a sua forma e o seu desenvolvimento, assim é a sua função. Podemos reconhecer três tipos de dentes:

- Incisivos - dentes da frente, com forma de lâmina, que têm como função cortar os alimentos;

- Caninos - dentes laterais, compridos e afiados, usados para espetar e rasgar;

- Molares - dentes de trás, largos e rugosos, usados para triturar.


Identificação dos tipos de dentes. Somente alguns dos dentes são visíveis na imagem!



A imagem anterior mostra parte da dentição humana (embora sejam visíveis os três diferentes tipos de dentes). Como deves saber nós, humanos, somos mamíferos omnívoros.


Características da dentição de um mamífero omnívoro:

a) Dentição completa (incisivos, caninos e molares);

b) Os caninos são ligeiramente mais compridos que os restantes dentes;

c) Os molares são arredondados e achatados.


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DENTIÇÃO DOS MAMÍFEROS CARNÍVOROS:

Crânio de um cão



A dentição dos mamíferos carnívoros, tal como o cão, apresenta diferenças relativamente à dos omnívoros. Vejamos...

Características da dentição dos mamíferos carnívoros:

a) Dentição completa;

b) Caninos aguçados e muito maiores que os restantes dentes;

c) Molares com cristas pontiagudas.

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DENTIÇÃO DOS MAMÍFEROS HERBÍVOROS:



Crânio de ovelha



Características da dentição dos mamíferos herbívoros:

a) Dentição (quase sempre) incompleta. Não têm dentes caninos;

b) Existência de uma barra (diastema);

c) Dentes molares achatados.

Regimes alimentares

Já pensaste porque é que todos os animais se alimentam? E já percebeste que existem animais que comem alimentos muito diferentes? Se desses minhocas ao teu cão, alface ao teu gato e sardinha ao teu coelho, achas que eles iam gostar?

Porque se alimentam os animais?
Os animais precisam de energia por exemplo para se se movimentarem, de materiais de construção para crescerem e para recuperarem de doenças ou ferimentos. Porém, os animais não se alimentam todos da mesma forma e os alimentos que consomem são muito variados. É por este motivo que se diz que existem diferentes regimes alimentares.

Mas o que é o regime alimentar?
O regime alimentar de um animal é o conjunto de alimentos que ele habitualmente consome. Embora no seu conjunto os animais procurem alimentos muito variados, podemos agrupá-los em três grandes grupos: CARNÍVOROS, HERBÍVOROS ou OMNÍVOROS.

Herbívoros, são animais que comem principalmente produtos de origem vegetal.
Alguns herbívoros especializam-se num determinado tipo de produto vegetal. Lembra-te do pombo e da galinha, que adoram grãos, como o milho, e que por isso são chamados de GRANÍVOROS. Já o esquilo e aves da floresta, como o gaio, apreciam sobretudo frutos (nozes, por exemplo), sendo chamados de FRUGÍVOROS.


A girafa alimenta-se de folhas de certas árvores



Carnívoros, são animais que se alimentam principalmente de outros animais. É frequente vermos os grandes felinos, como o leão, o tigre ou a chita, a perseguirem as suas presas (gazelas, antílopes ou zebras), em filmes sobre a vida selvagem. Mas existem muitos mais exemplos de animais carnívoros: cobras, tubarões, corujas, aranhas e outros.
Viúva-negra alimentando-se de um inseto



Alguns carnívoros especializam-se num determinado tipo de presas: o morcego e muitas aves, como as andorinhas, procuram insetos para se alimentarem. São por isso também chamados de INSETÍVOROS. A lontra, as aves marinhas, como as gaivotas, e muitos peixes que se alimentam de outros peixes são também designados de PISCÍVOROS. Existem, ainda, certos animais que se alimentam de animais mortos, como os abutres, as hienas e os chacais e são chamados de NECRÓFAGOS.


Mas alguns animais tanto se alimentam de animais, como vegetais - são os omnívoros, como o porco, o urso, o corvo, o chimpanzé e o próprio homem.
O vídeo que te proponho mostra chimpanzés a alimentarem-se de nozes que conseguem abrir com pedras. Além de nozes, frutos e folhas de certas plantas, estes animais também comem insectos, répteis e pequenos mamíferos.